ABORTO
DEFINIÇÃO: O aborto é a morte de uma criança no ventre de sua mãe produzida durante qualquer momento da etapa que vai desde a fecundação (união do óvulo com o espermatozóide) até o momento prévio ao nascimento.
Fala-se de aborto espontâneo quando a morte é produto de alguma anomalia ou disfunção não prevista nem desejada pela mãe; e de aborto provocado (que é o que costuma ser entendido quando se fala simplesmente de aborto) quando a morte do bebê é procurada de qualquer maneira: doméstica, química ou cirúrgica.
" Várias são as razões que me
fizeram posicionar-me totalmente contra a realização deste ato de crueldade e
covardia. Primeiramente não há como ser a favor do aborto e da vida ao mesmo
tempo. Creio que isso por si só já responderia a pergunta que entitula este
texto. Porém os argumentos daqueles que levantam a bandeira do aborto é forte e
apelativo e eu não posso perder a oportunidade de dar embasamento para meu
ponto de vista, pois sem isso a resposta se torna vazia. A Palavra de Deus já
afirma que as pessoas se perdem por falta de conhecimento a cerca dos assuntos
(cf. Os 4,6).
O aborto É, sem a menor
dúvida, um assassinato, ou seja, um atentado direto contra a vida que é Dom de
Deus. Por este motivo a Igreja se manifesta totalmente contrária a tal ato.
Porém este artigo não se aterá a discutir a posição da Santa Mãe Igreja Católica
Apostólica Romana, pois a mesma sempre foi e sempre será definitivamente contra
o aborto e ponto final. Quero neste artigo mostra a você, talvez uma candidata
ao aborto, o que você está prestes a fazer com seu corpo e com alguém indefeso.
O aborto, além de ser um ato
cruel e covarde, é também um ato de extremo risco para a mulher que está se
submetendo a tal procedimento. Abortar pode até parecer, inicialmente, uma
solução rápida para o “problema”. Porém se analisarmos friamente a situação,
com certeza enxergaremos que o aborto é um ato egoísta onde quem está sendo
punido, com uma sentença de perda da própria vida, é alguém indefeso e que
sequer pode falar. Agindo de maneira afoita as mães não pensam no que estão
fazendo, muitas vezes influenciadas por médicos bandidos e anti-éticos, são
emocionalmente obrigadas a ceder e se submeter a procedimentos evasivos e
altamente perigosos.
A mulher recebeu de Deus um
grande dom: o dom de gerar a vida, assim como Maria gerou Jesus Cristo. Ele,
mesmo sendo Deus, quis ser gerado num ventre materno e passar por todas as
etapas que cada um de nós passou. Isso já mostra que Deus dá valor à vida,
antes de tudo pois se não fosse assim Jesus teria aparescido ao acaso. A graça
de gerar a vida nem sempre é entendida pela mulher pois vivemos tempos de
egoísmos profundos onde o ter, o poder, a estabilidade financeira, a carreira e
tantas outras coisas precedem aquilo que sempre foi e sempre será os grandes
valores. Valores, estes, que se perderam e fizeram as pessoas mudarem seus
pontos de vista deixando de lado àquilo para que foram feitas: gerar a vida.
Não estou fazendo afirmações machistas. Longe de mim. Tambem não estou
afirmando que a mulher SÓ foi feita para isso. Estou apenas enaltecendo um dom,
dado por Deus, que só a mulher tem. Além disso o fato de vivermos uma sociedade
altamente promíscua onde tudo é permitido e o sexo fácil e desenfreado é cartão
de visitas de muitos adolescentes e jovens, que irresponsavelmente entregam-se
num ato de puro prazer onde não há o mínimo compromisso. Responsabilidade anda
junto com compromisso e vice-versa. Atos irresponsáveis geram consequências
irreparáveis e na maioria das vezes incontroláveis. E aí para resolver,
facilmente, uma consequencia de atos irresponsáveis, o que é mais fácil?
Abortar! Claro! Quanta facilidade, par não dizer outra coisa. Ressalto que os
caminhos fáceis nunca levam a Deus e sempre nos afastam Dele. Isso não tem
excessão.
O aborto tornou-se um ato
meramente egoísta onde as consequencias daquilo que está se fazendo perdeu-se
em algum lugar na história da humanidade. Hoje, mata-se por menos de um
refrigerante. A vida tem perdido o seu valor, fazendo-nos reagir de maneira
inconsequente diante de determinadas situações. Além do aborto, fruto de
atitudes irresponsáveis, existem outras tantas situações de aborto que possuem
teses e mais teses de pessoas famosas e que defendem, até muito bem, tal
crueldade. Aborta-se para manter a natalidade, para não perder uma oportunidade
de trabalho, para não perder um namorado, para não “estragar” o corpo, etc.
Existem casos de extrema sensibilidade onde há relação sexual não consentida,
ou seja, estupro. Mais digo que mesmo neste caso o aborto não é nem de longe
uma saída. Puna-se o criminoso, autor do estupro e não a criança fruto dele que
não pediu para nascer. Fala-se em incapacidade de amar um fruto de tal ato.
Realmente. Se estamos falando do”amor” interesseiro e diabólico, no sentido
real da palavra, que é pregado no seio das famílias, realmente será impossível.
Agora se falarmos do verdadeiro amor, aquele com que Deus nos ama e nos
capacita a amar: digo que é impossível cometer um abort. Quem ama valoriza a
vida. Não há como separar o amor da vida. A vida nasce através de um ato de
profundo amor entre um casal. Casal de homem e mulher. Não há outra definição
de casal que possa gerar vida". ( Alan Cota )
BÍBLIA
História da Bíblia – 1 Mac.
12,9
Foi no seio do povo hebreu que
nasceu a Bíblia. A bíblia é a coleção dos livros que contém a palavra de Deus,
é uma mensagem que Deus dirigiu e continua a dirigir aos homens.
O termo grego de onde provém a
bíblia significava: os livros, em latim esse termo transformou-se num singular
e passou a designar exclusivamente a coleção dos textos que formam as Sagradas
Escrituras. “... A Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto redigida sob
a moção do Espírito Santo”.
A bíblia é um livro diferente dos
outros, pois demorou mais de mil anos para ser escrita. Isso é verdade. A
bíblia é diferente sobretudo por ser inspirada por Deus (2 Tm 3, 16-17),
certamente por isso é que mesmo sendo um dos livros mais antigos, ela continua
sendo um dos 10 (dez) livros mais vendidos no mundo atualmente. Ela contém 73 livros,
que são obras de diversos autores, mas como todos eles escreveram sob a ação do
Espírito Santo, é Deus mesmo que deve ser tido como o autor primário da Bíblia.
“... Deus inspirou os autores
humanos dos livros Sagrados. Deus escolheu homens, dos quais serviu fazendo-os
usar suas próprias faculdades e capacidades, a fim de que, agindo Ele próprio
neles e por meio deles escrevessem, como verdadeiros autores, tudo aquilo que
Ele (Deus) próprio queria.”
Quando falamos em “livros
inspirados”, entendemos aqueles livros que formam a bíblia e são chamados de
canônicos. Essa inspiração para escrever livros da bíblia já foi encerrada no
tempo dos apóstolos. Agora não se acrescenta mais nenhum livro.
Qualquer fiel sinceramente apegado à
sua religião tem-na, por assim dizer, constantemente em mãos, como Jônata
apontava para nela encontrar conforto em todas as viscitudes da vida.
A composição da bíblia
A bíblia contém 73 livros divididos
em:
* Os 05 livros do
Pentauteco
Gênese (livro das
origens)
Êxodo (assunto principal
é a saída do Egito)
Levítico (coleção de
prescrições rituais relativo ao culto público e privado).
Números (narra a
permanência dos hebreus no deserto) e
Deuteronômio (coleção de
discursos e exortações a fidelidade para com Deus pela observância de seus
mandamentos).
* Os 16 livros históricos:
Josué, Juizes, Rute, I Samuel (I dos Reis), II Samuel (II reis), I livro dos
reis (III reis), II reis (IV Reis), I crônicas (I Paralepomenos), II crônicas
(II paralipomenos) Esdras (I Esdras), Neemias (II Esdras), Tobias, Judite,
Éster, I Macabeus e II Macabeus. Para apreciar esses livros é preciso levar em
conta a finalidade dos autores sagrados, Eles querem evidenciar a mão de Deus
no dirigir a sociedade de acordo com a religião e com a Salvação do gênero
humano.
* Os 07 livros Sapenciais:
Jô, Salmos, provérbios, Elesiaste (Coélet), Cânticos dos Cânticos, Sabedoria e
Eclesiástico (Sirac). São chamados assim (Sapenciais, didáticos ou poéticos)
por falarem muito sobre a sabedoria.
* Os 18 Livros proféticos:
Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséas, Joel, Amós,
Esdras, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Maláquias.
Nesses livros Deus usa dos profetas para exortar o seu povo, e mostrar a necessidade deles
andarem no caminho certo, e buscar a conversão para que o povo volte para o
Deus único e verdadeiro que cuida de seu povo e que os libertou da escravidão.
NOVO TESTAMENTO
* Os 04 Evangelhos: Mateus,
Marcos, Lucas e João.
A palavra Evangelho é de origem
grega, significa Boa Nova. Os Evangelhos são escritos que contam a boa nova da
vinda do Filho de Deus entre os homens. Antes de ser um livro, o Evangelho foi
uma palavra pregada, antes de ser tido foi ouvido, como Jesus tinha falado
assim falaram seus discípulos depois de sua morte.
* O ato dos Apóstolos: Mostra
o que aconteceu logo após o cumprimento da missão de Jesus neste mundo.
Salienta uma coisa muito importante na vida da igreja: a ação do Espírito
Santo.
* As 14 cartas de São Paulo:
Apesar do nome, nem todas foram escritas por São Paulo, mas mantém sua unidade
e doutrina, as cartas são: Romanos, 1ª e 2ª Corintios, Calatos, Efésios,
Filipenses, Colossenses, 1ª e 2ª aos Tessalonicenses, 1ª e 2ª Timóteo, Tito, Filemon
e aos Hebreus.
* As 07 cartas católicas: Essas epistolas, trançam-nos as linhas
mestras de uma vida profundamente Cristã. São cartas dirigidas a todas as
comunidades. As cartas são: Tiago, 1ª e 2ª Pedro, 1ª, 2ª e 3ª de João e Judas.
* Apocalipse: Fecha o Novo
Testamento e a Bíblia. Apocalipse é uma palavra grega que significa revelação,
Deus revela seus mistérios sobre a vida e a salvação. Trata-se de uma mensagem
sobrenatural, velada, ou seja: transmitida de maneira misteriosa e simbólica,
por causa do clima de perseguição. Essa mensagem é dirigida a todos os cristãos
que vivem dentro do longo período que vai da Ascensão do Senhor até o seu
retorno no fim do mundo.
Mas de maneira especial as sete
igrejas da Ásia menor que passavam por dura provocação e perseguição religiosa.
É para esses cristãos que João
escreve. O apocalipse é uma carta de encorajamento na fé na certeza de Cristo
que jamais há de falhar. Lembra que apesar do sofrimento e da morte, deve-se
continuar crendo e esperando a volta e a recompensa de Jesus. Essa dura
provação faz parte da vida de todos os que colocaram sua esperança no reino de
Deus.
DIFERENÇA ENTRE A BÍBLIA
CATÓLICA E A PROTESTANTE
Existe uma diferença quanto ao
número de livros. O Novo Testamento são iguais (27 livros), mas o antigo
Testamento da Bíblia Evangélica (ou protestante) não possui 7 livros que fazem
parte da Bíblia católica. São eles: Judite, Tobias, Sabedoria, Eclesiástico,
Baruc, 1º e 2º Macabéus. Além disso o livro de Daniel, deles, não tem os capítulos
13 e 14, nem versículos de 24 a
90 do capítulo 3, não tem também os capítulos 11 e 16 do livro de Éster.
Essa divergência surgiu depois da
destruição de Jerusalém, a partir daí os Judeus se espalharam pelo mundo, e
viram a necessidade de traduzir a Bíblia
para o grego,que era o idioma universal daquela época, e aí entraram esses 7
(sete) livros*. Os fariseus não quiseram acertar estes livros como
inspirados por Deus ,e Lutéro também
tomou essa decisão ao traduzir a Bíblia para o alemão anos mais tarde. Mas a
igreja sempre reconheceu esses livros como inspirados por Deus, ou seja,
verdadeiros.
Não queremos dizer que não se possa
ler a Bíblia evangélica, tudo que está nela é verdadeiro, nela apenas não possui todos os livros que ha na Bíblia católica .
A maior diferença entre essas Bíblias não está no contexto bíblico mas nas
diferentes interpretações que uns e outros dão ao texto bíblico.
A interpretação dos católicos é uma
só, no mundo inteiro, por seguirmos o magistério que é a palavra oficial da
igreja.
**Observação:
Esses 07 (sete) Livros tratam da regra da fé,constituem a norma da fé na vida da igreja, por isso são chamados de
Canônicos, eles não contém erros de doutrina, por isso a igreja os tem como
verdadeiros.
Existem erros na Bíblia?
A resposta é simples. Não! Antes de
apontarmos onde está o erro, devemos ver se estamos entendendo a Bíblia como
“mensagem da Salvação” ou como livro de ciências. Fique bem claro que a Bíblia
não tem a finalidade de ensinar-nos a história dos povos, nem a situação
geográfica dos países antigos,nem Astronomia nem a matemática.
A Bíblia é um livro estritamente
religioso. Tem a finalidade única e exclusiva de apresentar-nos a mensagem de
Deus.
Quando dizemos que na Bíblia não há
erros, estamos nos referindo à sua doutrina, ou seja, naquilo que diz respeito
a fé. É para isto que foi escrita. Por exemplo: Moises diz que as águas do
dilúvio “cobriram a face da terra” (Gn 7.24). Mas será que cobriram mesmo todo
nosso planeta? Isso não nos interessa sob o ponto de vista da salvação.
Naquele tempo, os homens nem sabiam
da existência desta parte do globo que habitamos hoje. Então para eles o
“universo” era apenas aquela região habitada por eles.
O que a mensagem (ou o autor ) quer
nos dizer, é que Deus puniu o mal em geral, independente se o dilúvio tenha
atingido toda a terra ou somente uma parte.
Outro exemplo de um aparente erro
está em Jos.10,13. O caso de Josué fez o “sol parar”. Hoje sabemos que o sol
não gira em torno da terra, é a terra que gira em torno do sol. E daí? Vamos
dizer que a Bíblia está errada? Analisar um fato de uma época com critérios de
outra é um erro gravíssimo. Sabemos que naquele tempo todos supunham que a
terra era fixa e que o sol girava em torno dela. É preciso considerar que este
é um texto poético, que não pode ser tomado ao pé da letra. O que o autor quis
dizer é que Deus interferiu naquela situação, fazendo com que se prolongasse a
claridade do dia. O resto é secundário.
Se entendemos a Bíblia dentro de sua
finalidade estritamente religiosa, vamos concluir que nela não existem erros.
Quem pode interpretar a
Bíblia?
Vimos que os erros que aparecem na
Bíblia não são erros da palavra de Deus, mas de interpretação errada.
Interpretar um texto da Bíblia é dizer qual é o verdadeiro sentido daquele
texto.
Jesus ressuscitou e subiu ao céu, não está em nosso meio para
nossas dúvidas, mas está quem o próprio Cristo confiou a missão de ensinar em
seu nome com autoridade. Esse alguém é a igreja Católica (Mt. 16, 18-19). A
palavra da igreja tem autoridade, porque ela presenciou todos os fatos da vida
de Jesus. A igreja e a Bíblia se completam. Quando a igreja escreveu os evangelhos,
ela não fez o simples papel de cronista ela escreveu depois de viver essa
palavra no meio de perseguições e provações, à semelhança do Mestre.
A este ensinamento que vem da
igreja, desde os tempos dos Apóstolos, nós chamamos de “tradição” e a voz
oficial da “tradição” nós chamamos de “Magistério da Igreja”. O magistério é a
igreja ensinando como mestra, quando fala das coisas da fé em nome de Jesus
Cristo. O magistério é a voz oficial da Igreja.
Como devemos ler a Bíblia?
A Escritura Sagrada não é um feixe
de verdades para ampliar as nossas idéias e nossos interesses, como se Deus
pudesse endossar até nossos erros. Isso é um pecado contra o Espírito Santo.
Precisamos ler a palavra de Deus
“desarmados” de preconceitos e das segundas intenções. Devemos ler a Bíblia
para encontrar nela, não o que desejamos ouvir, mas o que Deus quer nos falar.
Ler de coração aberto. Numa atitude de “escuta” e acolhimento. O importante não
é perguntarmos “quem Deus é”, mas o que Ele quer de nós.
Só conhecer a palavra de Deus, sem
vive-la é apenas tomar conhecimento, antecipadamente das verdades que nos
condenarão (Jo, 12,48). Basta lembrar que o diabo sabia de cor a Bíblia. E até
a usou para tenta-lo (Mt 4, 5-7).
Aconselhamos a você a buscar
diariamente fazer sua leitura e meditação da palavra de Deus e é bom que você
faça isso sempre no mesmo horário assim você sempre nesse horário irá se
lembrar que é este o seu momento de oração e de intimidade com o Pai e não irá
se ocupar com outras coisas.
Devemos lembrar de ler a Bíblia e
fazer uma relação da passagem (o trecho que estamos lendo) com a nossa
realidade e buscar aí uma direção para nossa vida.
“A igreja sempre venerou as divinas
escrituras da mesma forma como o próprio corpo do Senhor: ambos alimentam e
dirigem toda vida Cristã. Tua palavra é lâmpada para meus pés e luz para o meu
caminho”.
A bíblia não foi escrita à maneira
de um livro qualquer. Ocorre com a bíblia algo fora do comum. Apesar de os 73
livros terem sido escritos num longo período de mais de mil anos, por autores
diversos e em épocas diferentes, eles mantêm entre si uma unidade maravilhosa.
Todos os 73 livros estão ligados entre si por um único “fio condutor” . Esta
espécie de fio condutor faz com que todos esses 73 livros não percam de vista o
seu objetivo comum: a nossa salvação.
Deus tem todo tempo do mundo para
você, e você não pode tirar um pouquinho do seu tempo para falar com Deus?
Fonte:
Catecismo da Igreja Católica nº81, 106, 141.
Livro: Conheça melhor a Bíblia (Padre Luiz Cechinato).
IMAGENS E SANTOS
Pessoas não católicas e pouco
conhecedoras da Bíblia e das verdades da fé católica, muitas vezes perguntam:
por que acreditamos nos santos? Ou porque aceitamos as imagens se a bíblia as
condena?
Buscamos
aqui levar a você um esclarecimento sobre esses assuntos, para que você não
tenha dúvida sobre o valor da interseção dos santos e também o valor das
imagens que temos e que “veneramos” e não adoramos.
Obs.: Adorar = prestar culto a divindade (Deus)
Venerar = Tratar com respeito, ter grande consideração.
As Imagens:
Na Bíblia encontramos passagens que condenam a feitura de imagens, ex. Ex. 20,
2-5, Deut. 27, 15. Por outro lado encontramos na mesma Bíblia passagens onde
Deus manda construir imagens, ex.: Ex. 25, 18-22, Num. 21, 8-10. Existe contradição na Bíblia? A resposta é simples:
claro que não! Deus condena a construção de imagens enquanto a ídolos, ou seja,
como se fossem Deus. Proíbe a idolatria e não as imagens.
O que é idolatria? Idolatria é a
adoração de uma imagem como se ela fosse em Deus. Quando Deus
proibiu as imagens, a terra estava cheia de idolatria e os povos vizinhos dos
judeus adoravam imagens de falsos deuses.
Hoje em dia infelizmente adoramos muitos
falsos deuses, como a televisão (programas que passam nela) que nos prendem a
ela e muitas vezes tira um tempo nosso em que deveríamos estar conversando com
nossa família; o dinheiro que quando mal usado nos torna gananciosos e
egoístas, nos levando a febre do “ter” e do consumismo; também as drogas, a
luxúria, etc. Muitas vezes não percebemos e não damos conta que adoramos esses
falsos deuses que nos aparecem de forma camuflada e atrativa (carros, bens
materiais, etc.).
Nós católicos não podemos adorar as
imagens, devemos lembrar que elas nos mostram exemplos de pessoas que assumiram
o projeto de Deus em suas vidas de forma real, e que como elas também nós somos
capazes de assumir esse projeto.
São inúmeros os casos de pessoas que
se converteram contemplando uma imagem do Senhor Jesus e da Bem-Aventurada
Virgem Maria ou dos Santos. As imagens foram e continuam sendo a Bíblia dos
analfabetos e uma forma eficiente de transmitir verdades eternas. Também as
imagens são como nossos álbuns de fotografias, que quando olhamos um, lembramos
de pessoas que amamos e que queremos bem, ao olhar uma imagem também estamos
admirando a pessoa que ela representa, e lembrando que ela foi uma pessoa boa
que ajudou outras pessoas de várias formas.
“Antigamente ,Deus que não tem corpo
nem aparência, não podia ser representado por uma imagem. Mas agora que se
mostrou na carne e viveu com os homens, posso fazer uma imagem daquilo que vi
de Deus.” (São João Damasceno).
Todos os sinais de celebração
Litúrgica são relativos a Cristo: são-no também as imagens sacras da Santa Mãe
de Deus e dos Santos. Significam o Cristo que é glorificado neles.
“A beleza, a cor das imagens
estimulam minha oração. É uma festa para meus olhos, tanto quanto estimula meu
coração a dar glória a Deus”. (São João Damasceno).
Hoje em dia fala-se muito em
aparições e visões de Santos ou imagens (na madeira, parede, etc.), nós que já
temos uma fé madura, não devemos buscar resposta se essas aparições são
verdadeiras ou não. Se você não acredita não há necessidade de sair gritando
que é mentira, pois não podemos destruir a fé do outro que muitas vezes é
simples e pura. Se destruirmos essa fé eles vão passar a acreditar somente
naquilo que puderem encontrar explicações e certezas. Lembre-se: os mistérios de
Deus estão muito acima de nosso conhecimento, são inexplicáveis.
“Negar as imagens é negar
que Cristo se fez homem”
Os Santos:
Os santos representam para nós, pessoas que assumiram o compromisso com
Deus e se entregaram de verdade, devemos olhar para eles e ver que é possível
uma adesão total ao plano de Deus.
Ao canonizar certos fiéis, a igreja
reconhece o poder do Espírito de Santidade, que está em si e sustenta a
esperança dos fiéis, propondo-os como modelos e intercessores. Os santos sempre
foram fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis da igreja.
Com efeito a santidade é a fonte secreta e a medida infalível de sua atividade
apostólica e de seu clã missionário.
A interseção dos santos. Pelo fato
de os habitantes do céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam
com mais firmeza na santidade toda a igreja. Eles não deixam de interceder por
nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador
de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude
deles, nossa fraqueza recebe valioso auxílio.
As testemunhas que nos precederam no
reino, especialmente as que a igreja reconhece como Santos, participam da
tradição viva da oração pelo exemplo modelar de sua vida, pela transmissão de
seus escritos e por sua oração hoje. Contemplam a Deus, louvam-no e não deixam
de velar por aqueles que deixaram na terra. Entrando na alegria do Mestre, eles
foram “postos sobre o muito” (Mt. 25, 21), sua intercessão é o mais alto
serviço que prestam no plano de Deus. Podemos e devemos pedir-lhes que
intercedam por nós e pelo mundo inteiro.
Como vimos não precisamos ter medo
de pedir ajuda aos Santos, eles sempre nos ajudarão nas nossas necessidades, no
entanto não nos esqueçamos que é Jesus quem cura e faz os milagres, e
não os santos (Santo Expedito, São Judas Tadeu, etc.), eles só nos dão um apoio
para alcançarmos nossas graças. Por isso nosso primeiro agradecimento deve ser
voltado para nosso Deus uno e trino.
“A igreja não precisa de doutores, mas de homens e mulheres Santos”. (Papa João Paulo II).
Fonte: Santos: - catecismo da
igreja 826, 956, 2683
Imagens: - catecismo 1159, 1161-116
livro: em defesa da fé (Diácono Francisco A. Araújo)
INFERNO E CÉU
O inferno
Não podemos estar unidos a Deus se
não fizermos livremente a opção de amá-los. Mas não podemos amar a Deus se
pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos (1 Jo
3, 14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos
de ir ao encontro das necessidades graves dos pobres e dos pequenos que são
seus irmãos.
Morrer em pecado mortal sem ter-se
arrependido. É este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e
com os bem aventurados que se designa com a palavra “inferno”. (Mt. 25, 31-46).
Deus é infinito amor e misericórdia,
é também justiça infinita. Por causa da justiça de Deus e também por causa do
seu total respeito pela liberdade humana, o inferno é uma possibilidade real
como destino eterno de uma pessoa. É difícil para nós entendermos este aspecto
do mistério de Deus. Mas o próprio Cristo o ensinou e também a igreja o ensina.
A doutrina do inferno está claramente na Escritura (Mt 25, 34-41, Mc 9, 43).
A maior pena do inferno
Jesus fala muitas vezes da “Geena”,
do “fogo que não se apaga”, reservado aos que recusam até o fim de sua vida
crer e converter-se, e no qual se pode perder ao mesmo tempo e alma e o corpo
(Mt 13, 41-42).
As almas que morrem em estado de
pecado mortal descem imediatamente após a morte aos infernos, onde sofrem as
penas do inferno. A pena principal do inferno consiste na separação eterna de
Deus, o único em quem o homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi
criado e as quais aspira.
Nossa liberdade e o inferno
As afirmações da Sagrada Escritura
são um chamado à responsabilidade com a qual o homem deve usar de sua liberdade
em vista de seu destino eterno. Constituem também um apelo insistente à
Conversão (Mt. 7, 13-14).
Como desconhecemos o dia e a hora,
conforme a advertência do Senhor, vigiemos constantemente para que, terminado o
único curso de nossa vida terrestre, possamos entrar com ele para as bodas e
mereçamos se contados entre os benditos, e não sejamos, como servos maus e
preguiçosos, obrigados a ir para o fogo eterno, para as trevas exteriores, onde
haverá choro e ranger de dentes.
Deus não predestina ninguém para o
inferno, para isso é preciso uma aversão voluntária a Deus (pecado mortal) e persistir
nela até o fim (2 Pd. 3, 9).
Crer no inferno é acreditar na
responsabilidade e liberdade absoluta do homem, no verdadeiro valor de seus
atos frente ao destino humano.
Jesus não exercerá nenhum castigo,
mas será o próprio homem, com sua atitude (liberdade) que decidirá seu destino
eterno. (Ecle. 15, 16-17).
Deus nos predestinou unicamente a
seu reino; o inferno é uma criação do homem. Por isso a igreja, embora afirma a
realidade dos santos já viverem com Deus, jamais se atreveu a pronunciar-se
sobre possíveis condenados.
O purgatório
Sabemos que os justos (santos) irão
para o céu, e que os que não se arrependem do seu pecado vão para o inferno.
Mas e aqueles que se esforçam para ter uma vida correta, mas que devido a sua
humanidade, está sujeito a erros. Para onde vão esses?
Se você morre no amor de Deus mas
está com “manchas de pecado”, estas manchas são eliminadas num processo de
purificação chamado PURGATÓRIO. Tais manchas de pecado são principalmente as
penas temporais devidas aos pecados veniais ou mortais já perdoados, mas para
os quais não foi feita expiação suficiente durante sua vida. É bom lembrar que
este estado de purificação (purgatório) final dos eleitos e completamente
diferente do castigo aos condenados (inferno).
Além de ensinar a realidade do
purgatório, a igreja ensina os fiéis, que da terra eles podem ser de grande
ajuda para os que estão no purgatório, oferecendo por eles o Sacrifício da
missa, orações, esmolas e outros atos religiosos. (2 Macabeus 12, 38-46).
... “Crer no purgatório implica
acreditar numa religião em que a pureza não é condição excluente, pelo
contrário, o Cristianismo é para seres humanos reais, com pecados e
contradições.”
“Deus se quisesse poderia fazer uma
igreja de anjos ou seja perfeita, mas Ele no seu infinito amor pelos homens
quis fazer sua igreja com eles, mesmo sabendo que os homens estão sujeitos a
falhas.
O Céu
A graça, presença de Deus dentro de
você, é como uma semente vital, que cresce e está destinada, um dia, a
desabrochar na sua plenitude. Deus se deu a você, mas de um modo escondido. No
tempo presente, você o procura mesmo se já o possui. Mas chegará o tempo em que
sua procura vai terminar. Você então verá e possuirá a Deus completamente. Isto
é o que foi revelado.
Os que morrem na graça e na amizade
de Deus, e que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo. São
para sempre semelhantes a Deus, porque o vêem “tal como Ele é, face a face”. (1
Jo 3,2; 1 Cor. 13, 12).
Isto é o céu: a visão direta de Deus
face a face como Ele é Pai, Filho e Espírito Santo, a comunhão com a Virgem
Maria, os anjos e todos os bem aventurados, um êxtase de contentamento que vai
além de toda imaginação humana; o “agora” da eternidade no qual tudo é sempre novo,
aprazível e presente para você, a ausência total de dor, de pesar, de más
recordações; o gozo perfeito de todos os poderes da mente e do corpo.
O céu é o fim último e a realização
das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e
definitiva.
Viver no céu é “viver com Cristo”.
Os eleitos vivem “nele”, mas lá conservam – ou melhor, lá encontram – sua
verdadeira identidade, seu próprio nome (Ap. 2,17).
Por sua morte e ressurreição, Jesus
Cristo nos “abriu” o céu. O céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que
estão perfeitamente incorporados a Ele.
Este mistério de comunhão bem
aventurada com Deus e com todos os que estão em Cristo supera toda compreensão
e toda imaginação. (1 Cor. 2,9).
Em razão de sua transcedência, Deus só
poderá ser visto tal como é quando Ele mesmo abrir seu mistério à contemplação
direta do homem e o capacitar para tanto, isto é chamado pela igreja de “visão
beatífica”.
A esperança dos céus novos e
da terra nova
No fim dos tempos, o Reino de Deus
chegará à sua plenitude. Depois do Juízo Universal, os justos reinarão para
sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo será
renovado.
...”depois que propagarmos na terra,
no Espírito do Senhor, os valores da dignidade humana, e todos os bons frutos
da natureza e do nosso trabalho, nós os encontraremos novamente limpos, de toda impureza, iluminados e
transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o reino eterno e universal. Deus
será, então, “tudo em todos”. (1 Cor 15, 28).
... o reino de Deus será a máxima
expressão de uma comunidade verdadeira entre irmãos; os seres humanos poderão
auto-doar-se totalmente a seu próximo, sem os limites nem as contradições que
hoje cerceiam (cortam) sua capacidade de comunicação. Cada um será transparente
para o outro; ao ser completamente compreendido e aceito, poderá dar a conhecer
sua interioridade, sem medo de rejeição ou de incompreensões. O reencontro com
pessoas queridas o puro recuperar as amizades perdidas, para uns, e o
reconciliar antigas inimizades, para outros.
... crer no céu é acreditar na
possibilidade de o homem aceder a um futuro em que todas as utopias encontrem
realização.
Fonte:
Catecismo da Igreja Católica nºs 1024-1028, 1042-1045, 1050.
Livro: Céu e Inferno. O que
significam hoje?
MARIA Gal. 4, 4-5
Nós católicos somos muito
questionados por nossos irmãos protestantes com relação a Maria. Procuramos
tentar esclarecer para você a importância da presença de Maria em nossa vida, e
que ela é sim nossa mãe e por isso podemos e devemos pedir sim, que ela
interceda por nós.
Jesus é o único filho de Maria, mas
a maternidade de Maria estende-se a todos nós (homens), a quem Jesus veio
salvar: ela gerou seu filho, do qual Deus fez o primogênito entre uma multidão
de irmãos (Rm. 8, 29), isto é entre os fiéis, em cujo nascimento e educação ela
cooperou com amor materno (CIC 501).
Maria teve um único filho, Jesus,
mas nós católicos cremos que pouco antes de morrer, Jesus confiou, através de
João, a Maria nossas vidas e a partir dali passamos também a ser filhos de
Maria (Jo 19, 25-27).
2 – A humildade e o sim de Maria (Lc. 1 – 1-38)
... Eis aqui a serva do Senhor
faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc. 1, 38).
Aqui Maria mostra sua coragem, sua
humildade e nos ensina como acolher o projeto de Deus em nossa vida. Ela mesmo
sabendo do risco que corria, pois naquela época as mulheres que ficavam
grávidas e não tinham maridos (não eram casadas) eram apedrejadas até a morte
em praça pública. Mesmo assim, correndo risco de vida, Maria disse sim (nós no
momento de perigo ou perseguição em nossa caminhada temos a coragem de Maria?).
Maria também mostrou-se humilde, e
sabia que sua missão era servir. Ela não se importou mesmo sabendo que “estava
com o rei na barriga”, foi servir sua prima Isabel que estava grávida, ela
mesmo sendo a “escolhida de Deus”, foi servir (Lc. 1, 39-56). E nós muitas
vezes não somos humildes como Maria. Por pouca coisa nos achamos melhores que
os outros? Devemos lembrar de Maria que era a escolhida de Deus, mas foi a que
mais serviu, a mais humilde de todas as criaturas.
3 – Maria e os dogmas
Os dogmas são verdades de nossa fé
católica, são luzes no caminho de nossa fé que o ilumina e o torna seguro.
Essas verdades nós católicos não podemos de forma alguma rejeitá-las.
Com relação a Maria existem quatro
dogmas de fé, vamos aqui mostrar o que a igreja fala sobre esses dogmas:
3.1 – Maria Mãe de Deus – Theotokos
Como pode um ser humano, ser mãe de
Deus, Ele que é o criador de todas as coisas?
“Maria se tornou de verdade Mãe de
Deus pela concepção humana do filho de Deus em seu seio: Maria é Mãe de Deus,
não porque o verbo de Deus tirou dela sua natureza divina, mas Porque é dela
que Ele tem o corpo sagrado dotado de uma alma racional, unido, ao qual, na
pessoa se diz que o verbo nasceu segundo a carne”.
Como vimos, Maria é mãe de Deus
Filho (encarnado) e não do Deus Pai (o criador). Em várias passagens da bíblia
Jesus mostra que Ele e o pai são um só: (Jo 1,1; 5,18; 10,30; 14,8-9, 20,
28-29, Flp. 2,5-11, Tit. 2, 13), por isso nós cremos que Maria é mãe de Deus.
Podemos deste dogma tirar três
lições: pensar que tipo de mãe foi Maria e como sua missão ajudou a missão de
Jesus, compreender como Maria se relaciona com Deus e ver como sua missão
materna diz respeito a cada um de nós.
Maria acompanhou cada fase da vida
de Jesus, Ele teve um crescimento normal, precisou de cuidados e de ser educado
como qualquer outra criança na fase de crescimento e quando Maria viu que Jesus
precisava cumprir sua missão ela não o segurou, mas continuou com Ele, fazendo
parte daqueles que eram seus seguidores.
Quando afirmamos que Maria é mãe de
Deus, não estamos dizendo que ela se torna uma deusa, nem entra na Trindade,
mas como Deus, se comunica conosco por meio de Jesus e do seu Espírito. A
maternidade de Maria toca a cada pessoa divina:
B – Deus Filho: Maria é mãe,
educadora e discípula de Cristo;
C – Deus Espírito Santo: Maria é
esposa do Espírito Santo que fecundou a Virgem.
A maternidade de Maria toca também a
cada um de nós que temos traços de mãe. Santo Ambrósio, no séc. quarto dizia
que cada cristão é mãe como Maria, pois gera Cristo na sua alma e no seu
coração. Quanto mais cultivamos a ternura, a intuição, o cuidado, a acolhida, a
capacidade de zelar pela vida ameaçada, mais estaremos realizando nosso lado
cristão de mãe. Isso vale para homens e mulheres. Maria nossa mãe vai nos
ajudar a cultivar tudo isso em nosso coração.
3.2 – Maria. A Virgem Is. 7,14
É verdade de fé católica que Nossa
Senhora ficou perfeitamente sempre virgem, antes do parto, no parto e depois do
parto.
A virgindade de Maria apresenta
problemas no diálogo com as outras igrejas cristãs. Elas acreditam que o
nascimento de Jesus aconteceu por intervenção do Espírito Santo, mas dizem
Maria teve outros filhos, pois a bíblia cita “os irmãos de Jesus”. (Mc. 6,3).
Este dogma se divide em três partes:
concepção virginal, virgindade perpétua, virgindade no parto.
Concepção Virginal: Nós cremos na
concepção virginal de Jesus, ou seja, que Ele foi concebido pelo poder do
Espírito Santo, e não com a intervenção de José, o esposo de Maria. Com isso
Deus não desvaloriza as relações entre casais que se amam e constroem um
projeto de vida em comum.
Deus poderia ter realizado a encarnação de Jesus por meio de
uma relação normal entre José e Maria. Isso não diminuiria em nada a divindade
de Jesus e a santidade de Maria. Mas aconteceu diferente, por pura graça
e iniciativa de Deus, envolvendo a resposta humana e a participação de Maria.
Mateus e Lucas coincidem ao falar da
concepção virginal. Segundo eles não é José que engravida Maria, (Mt. 1, 16,
18-25, Lc. 1,31-34, 3, 24) Jesus é concebido realmente pela ação do Espírito
Santo (Mt. 1,20 Lc. 1,35). Maria é a única origem humana de Jesus, como Virgem
se torna mãe (Mt. 1, 16-25, Lc. 1, 27-35).
Opção celibatária de Maria
(Ez.44,2): A igreja afirma que Maria não teve outros filhos, em Ez 44,2, vimos
uma das citações bíblicas onde a igreja crê na virgindade perpétua de Maria.
Vejamos outros argumentos. Em Mc. 6,3 aparece uma lista de irmãos de Jesus e há
ainda outros textos que fazem referência aos “irmãos de Jesus”.
A primeira explicação diz que “os
irmãos de Jesus”, significam parentes próximos, antes não se usava o nome de
primos, tios, etc., como hoje, os laços familiares eram muito estreitos. As
vezes na bíblia, um parente próximo é denominado irmão, ex. Abrãao tio de Lot
(Gn. 11, 31) chama-o de irmão (Gn 13, 8). Moisés considera como irmãos seus
compatriotas (Ex. 2, 11).
A segunda explicação é muito antiga,
mas as fontes não são de confiança. Ela diz que os irmãos de Jesus eram filhos
de José de um primeiro casamento. José seria viúvo e esses irmãos de Jesus,
seriam meios irmãos de Jesus por parte de José.
A terceira explicação é que esses
irmãos de Jesus eram seus primos. Essa versão se espalhou com Epifânio e
Agostinho no séc. quarto. Eles aproximavam o texto de Mc. 15, 40 e 16, 1,
que diz mãe de Tiago e José longe da cruz, com, Jo 19, 25 que lembra a
presença junto a cruz de uma irmã de Maria. Agostinho considera que mãe de
Tiago e José citada por Marcos é a irmã de Maria citada por João. Ou seja,
Tiago e José, chamados de irmãos de Jesus eram filhos da irmã de Maria, logo
primos carnais de Jesus. Assim por ampliação todos os irmãos de Jesus seriam
filhos de sua tia e seus tios.
Também na passagem de Lc. 1,34, a
igreja acredita que aí está o propósito de Maria em permanecer virgem.
Ao acolher a virgindade de Maria,
procuramos ir além da questão biológica, reconhecemos que Maria Virgem é um
símbolo para toda humanidade.
Na virgindade de Maria encontramos a
expressão máxima da consagração a Deus “de corpo e alma”. Ela inspira a todos
aqueles que por livre disponibilidade, colocam-se diante do Senhor e dos irmãos
e irmãs com o compromisso de castidade.
Fechando este dogma deixamos duas
frases de protestantes que reconhecem a virgindade de Maria:
–
Firmemente creio, segundo as palavras do Evangelho, que Maria como
virgem pura, nos gerou o Filho de Deus e que, tanto no parto quanto após o
parto, permaneceu virgem pura e íntegra.
(Zwingle, em Corpus Reformatorum )
–
Creio que (Jesus) foi feito homem, unindo a natureza humana à divina em
uma só pessoa; sendo concebido pela obra singular do Espírito Santo, nascido da
abençoada Virgem Maria que tanto antes como depois de dá-lo à luz, continuou
Virgem pura e imaculada.
(John Wesley, fundador da
Igreja Metodista)
3.3 – Imaculada Conceição
Maria como “nova Eva” foi quem
primeiro e de forma única, se beneficiou da vitória sobre o pecado conquistada
por Cristo: ela foi preservada de toda mancha do pecado original e durante toda
a vida terrestre, por graça especial de Deus, não cometeu nenhuma espécie de
pecado.
Isto era possível para a onipotência
de Deus; portanto de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção
de Cristo.
Esta verdade foi proclamada em 1854,
mas a devoção a Maria Imaculada acontece desde 1300, desde lá essa doutrina fez
progresso rápido entre os fiéis, induzindo desde o séc. XV, a igreja a
introduzir no seu calendário litúrgico a festa de Imaculada Conceição de Maria
(8 dezembro).
Este dogma parece fácil, porque nós
sentimos que Maria é uma pessoa completamente iluminada por Deus. Mas o dogma
ap resenta dificuldades e mal entendidos. Muitas pessoas acham que Maria nasceu
e viveu tão santa, que não tinha dúvidas, e as dificuldades de uma pessoa
comum. Seria tão santa que nasceu “prontinha”. Não precisava crescer.
Ninguém nasce pronto. Cada um se
desenvolve com o tempo, aprende a ser gente. Aprende a amar e ser amado, recebe
religiosidade dos familiares e pessoas próximas. Você já imaginou como é
fascinante a gente ser, sempre, até a hora da morte, aprendiz da vida?
Ninguém começa sua vida a partir do
nada, pela fé reconhecemos que somos parte de um grande projeto amoroso de
Deus, que estamos marcados por sua graça e pela corrente de amor, bondade,
acolhida de tantos seres humanos que vieram antes de nós. Mas o mundo também
tem violência, mentira e maldade, que contagiam cada pessoa que nasce. Ao
começar a existir já estamos sob a influência das forças do bem e do mal.
O dogma da Imaculada Conceição
afirma que o segredo de Maria, que respondeu a Deus de maneira total tem sua
raiz na graça, ou seja. Ela é imaculada por mérito de Deus e não dela própria.
Ela recebe um dom especial, nasce com mais capacidade de ser LIVRE e escolher a
proposta divina.
O fato de Maria ser Imaculada não
lhe tira o esforço de ser peregrina na fé. Pois isso faz parte da sua situação
de ser humano, que necessita crescer e aprender. Maria não nasce “prontinha”.
Também é aprendiz da vida. No início ela não entende tudo (Lc.2, 49-50). E no
decorrer da vida, Jesus a surpreende muitas vezes (Mc. 3, 31-35), mas diferente
de nós trilha um caminho sem desvios ou atalhos.
Maria na sua fidelidade ao projeto
de Deus, nos ensina o caminho da santidade, por isso a igreja nos manda rezar:
“Ó Deus, que preparaste uma digna habitação para o vosso filho, pela Imaculada
Conceição da Virgem Maria, concedei-nos chegar até vós purificados também de
toda culpa por sua materna intercessão”.
“Ó Maria concebida sem pecado, roga
por nós que recorremos à Vós”.
“Mais do que qualquer outra pessoa
criada, o Pai a abençoou com toda a sorte de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo. Ele a escolheu
n’Ele (Cristo) para ser santa e imaculada em sua presença no amor”.
3.4 – Assunção de Maria
Este dogma é uma das festividades
mais antigas da igreja, há mais de 1.500 anos a igreja festeja este glorioso
mistério ou privilégio concedido a Santíssima Virgem. Festejado no dia 15 de
agosto, a Assunção de Maria tem nomes diferentes, como Nossa Senhora da Boa
Viagem, Nossa Senhora da Abadia ou da Glória, etc. Vamos aqui abrir um
parêntese para uma breve explicação: sempre ouvimos falar de “várias santas”
como Nossa Senhora de Fátima, Lourdes, Aparecida, etc. É bom lembrar que não
são várias Nossas Senhoras, mas todas são uma só todas representam Maria a mãe
de Deus, que ao aparecer em países diferentes recebe o nome da cidade onde ela
apareceu.
Este mistério exclui a morte natural
de Maria? Não! A morte natural como simples término da vida como existência
terrena não tem nada de humilhante para Maria, ainda mais que ela em tudo quis
ser semelhante ao seu Divino Filho (Jesus também desceu à mansão dos mortos).
Os cristãos no decorrer dos séculos
começaram a pensar como seriam essas últimas realidades depois da morte. Então
com a ajuda da bíblia, da filosofia e teologia imaginaram assim: depois da
morte, o corpo se separa da alma, temporariamente. A alma que é a dimensão mais
importante da pessoa, na qual está sua identidade, vai para o encontro com Deus
no juizo particular. Aí, ela vai apresentar tudo de bom ou ruim que realizou
nesta vida, se a pessoa está bem com Deus e o próximo, então ela gozará das
alegrias eternas no céu.
No fim dos tempos, Jesus voltará com
glória e poder e acontecerá a ressurreição dos mortos, ou seja, cada um vai
receber um corpo transformado, de acordo com sua situação depois da morte.
A alma volta a se unir ao corpo,
mas um corpo glorificado.
Dentro desse pensamento é que foi
proclamado o dogma da assunção. Maria, diferente de nós, não precisou esperar o
fim dos tempos para receber um corpo glorificado. Depois de sua vida terrena
ela já está junto de Deus com o corpo transformado, cheio de graça e luz.
Não podemos entender ao pé da letra
a assunção como se Maria subisse ao céu com o corpo (carne, osso, pele e
sangue) que ela possuía aqui na terra. O corpo de Jesus com o corpo de Maria
assunta NÃO são como o de Lázaro (Jo, 11, 43-44) ou o do filho da viúva Naim
(Lc. 7, 13-15). Essas pessoas voltaram a morrer e seus corpos se estragaram. O
corpo de Maria, ao contrário foi transformado e assumido por Deus.
“Finalmente, a Imaculada Virgem,
preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida
terrestre, foi assunta em corpo e alma a glória celeste. E para que mais
plenamente estivesse conforme a seu filho, Senhor dos senhores e vencedor do
pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como rainha do universo. A Assunção
da Virgem Maria é uma participação da ressurreição dos outros cristãos.”
Obrigado Maria, porque tu já estás
junto de Jesus ressuscitado, olhando por nós, os peregrinos neste mundo.
Obrigado por nos mostrarem que o amor é definitivo, que Deus assume e
transforma tudo o que somos e o bem que fazemos. Amém.
4 – O valor da intercessão
de Maria
Em Jo 2, 1-11, temos o primeiro
milagre de Jesus, onde fica claro para nós o valor da intercessão de Maria.
Maria percebe onde falta alegria em nossa vida, assim como percebeu que faltava
vinho, que era a alegria da festa em Caná, ela percebe o que falta em nossa
vida e leva tudo até Jesus, pedindo por nós e para nós, pedindo a Jesus que
derrame sua bênção sobre nós. ... “Assunta aos céus, não abandonou estes múmus
salvifico mas, por sua múltipla intercessão contínua a alcançar-nos os dons da
Salvação eterna (...) Por isso, a bem aventurada Virgem Maria é invocada na
igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira”...
Lembramos ainda que Maria
assumiu-nos como filhos, sempre sabendo que era livre para dizer não, mas ela
disse sim. Maria foi visitar Isabel mas não ficou na sala de visita ela foi
servir, trabalhar para sua prima, Maria foi convidada para festa de Caná, mas
só descobriu que faltava vinho porque estava na cozinha trabalhando. Ao receber
o anúncio do anjo Gabriel, Maria poderia ter dito não, mas ela disse sim...
Maria não cessa de rogar por nós, por nossas famílias até o dia em que
estaremos chegando na glória do Pai e lá ela, “Maria a porta do céu”, estará
abrindo as portas da vida eterna para nós.
Muitos católicos não amam Maria,
deixamos aqui um depoimento de um protestante sobre Maria, esse relato mostra
que se nossos irmãos evangélicos e aqueles que tem dúvida sobre Maria, fossem
buscar a fundo, viriam a razão pela qual AMAMOS MARIA.
“Quem são todas as mulheres, servos,
Senhores, príncipes, reis, monarcas da terra, comparadas com a Virgem Maria que
nascida da descendência real (do rei Davi) é além disso, Mãe de Deus, a mulher
mais sublime da terra? Ela é a cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois
de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar bastante, a mais nobre imperatriz e
rainha exaltada e bendita acima de toda a nobreza com sabedoria e santidade”.
(Martim Lutero, fundador da Igreja Protestante).
Terminamos deixando uma pérola de
Santa Terezinha falando sobre Maria:
“... a santíssima Virgem, não tem uma santíssima virgem
para amar, ela é menos feliz do que nós...”
Ame Maria e você será mais feliz.
Fonte: Catecismo da Igreja Católica
– Números 501, 466, 411, 492, 966 e 969. Site: www.cleofas.com.br
RESSURREIÇÃO
Ressurreição: verdade real e
suprema. At. 13, 32-37
A ressurreição de Jesus é a verdade
culminante de nossa fé em Cristo, crida e vivida como verdade central pela
primeira comunidade cristã, transmitida como fundamental pela tradição,
estabelecida pelos documentos do novo testamento, pregada juntamente com a
cruz, como parte essencial do mistério pascal.
“Se Cristo não ressuscitou, vazia é
a nossa pregação, vazia é também a vossa fé” (1 Cor 15, 14). A ressurreição
constitui antes de mais nada a confirmação de tudo o que o próprio Cristo fez e
ensinou. Todas as verdades, mesmo as mais inacessíveis ao espírito humano,
encontram sua justificação, se ao ressuscitar Cristo deixa a prova definitiva,
que havia prometido, de sua autoridade divina.
Creio na ressurreição de
Cristo e na nossa
Cremos firmemente e assim esperamos
que da mesma forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos, e vive
para sempre, assim também depois da morte, os justos viverão para sempre com
Cristo ressuscitado e que Ele os ressuscitará no último dia. Como a
ressurreição de Cristo, também a nossa será obra da Santíssima Trindade (Rm. 8,
11).
Crer na ressurreição dos mortos foi
desde os inícios um elemento essencial da fé cristã. “A confiança dos cristãos
é a ressurreição dos mortos, crendo nela, somos cristãos”.
Como podem alguns dentre vos dizer
que não há ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, Cristo
também não ressuscitou (1 Cor 15, 12-13).
A ressurreição dos mortos foi
revelada progressivamente por Deus a seu povo. A esperança na ressurreição
corporal mortos foi se impondo como uma consequência intrínseca da fé em um Deus criador do homem
inteiro, alma e corpo (2 Macabeus 7,9).
Jesus liga a fé na ressurreição à
sua própria pessoa: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11,25). É Jesus mesmo
quem, no último dia, há de ressuscitar os que n’Ele tiverem crido e que tiverem
comido seu corpo e bebido seu sangue.
Ser testemunha de Cristo é ser
testemunha de sua ressurreição (At. 1,22). A esperança Cristã na ressurreição
está marcada pelos encontros com Cristo ressuscitado. Ressuscitaremos como Ele,
com Ele, por Ele.
Ressurreição do Corpo de
Cristo
A morte de Cristo foi uma morte
verdadeira enquanto pôs fim à sua existência humana terrestre. Mas, devido à
união que a pessoa do filho manteve com seu corpo, não estamos diante de um
cadáver como os outros, porque “não era possível que a morte o retivesse em seu
poder”. (At. 2, 24-27).
Jesus estabeleceu com seus
discípulos relações diretas, em que estes o apalparam e com Ele comeram.
Contudo, este corpo autêntico e real possui, ao mesmo tempo, as propriedades
novas de um “corpo glorioso”: não está mais situado no espaço e no tempo, mas
pode tornar-se presente a seu modo, onde e quando quiser, pois sua humanidade
não pode mais ficar presa à terra, mas já pertence exclusivamente ao domínio
divino do Pai.
A ressurreição de Cristo não
constituiu uma volta à vida terrestre como foi o caso das ressurreições da
filha de Jairo (Lc. 8,40 – 49-55), o jovem Naim (Lc 7, 11-17) e Lázaro (Jo cap.
11), em determinado momento estes voltaram a morrer. A ressurreição de Cristo é
essencialmente diferente. Em seu corpo ressuscitado, Ele passa de um estado de
morte para outra vida, para além do tempo e o espaço. Na ressurreição, o corpo
de Jesus é repleto do poder do Espírito Santo; participa da vida divina no
estado de glória de modo que São Paulo pode chamar a Cristo de “o homem
celeste”.
Como e quando será a
ressurreição dos mortos
Desde o início, a fé cristã na
ressurreição deparou com incompreensões e oposições. “Em nenhum ponto a fé
cristã depara com mais contradição do que em torno da ressurreição da carne”.
Aceita-se muito comumente que depois da morte a vida da pessoa humana prossiga
de um modo espiritual. Mas como crer que este corpo tão manifestamente mortal
possa ressuscitar para a vida eterna?
QUEM RESSUSCITARÁ? Todos os homens
que morrerem: os bons para a ressurreição da vida, e os maus para a
ressurreição do julgamento (Jo 5, 29).
DE QUE MANEIRA? Cristo ressuscitou
com seu próprio corpo (Lc. 24,39). Da mesma forma “nele” todos ressuscitarão
com seu corpo, que tem agora, porém este corpo será “transfigurado em corpo de
glória”, em corpo espiritual (Mt. 22, 30; 1 Cor 15, 44) este corpo ultrapassa
nossa fé e entendimento, sendo acessível na fé.
QUANDO? Definitivamente no último
dia (Jo 6, 39-40, 44, 54; Jo 11, 24) “no fim do mundo”. Com efeito a
ressurreição está intimamente associada a Parusia (volta) de Cristo. (1 Ts 4,
16).
... Crer na ressurreição implica
acreditar que Deus exulta a condição humana, além da capacidade do próprio
homem, a ponto de Ele mesmo assumi-la para sempre na encarnação.
Fonte: Catecismo da Igreja
Católica nº5 627, 638, 639, 645, 646, 989, 991, 992, 994, 995, 997, 999 e 1001.
Livro:
Inferno e Céu. O que significam hoje?
TRINDADE SANTA
Mistério da Santíssima
Trindade (2 Cor. 13,13)
“Cremos firmemente e afirmamos
simplesmente que há um só verdadeiro Deus, eterno, imenso e imutável,
incompreensível, todo-poderoso e inefável, Pai, Filho e Espírito Santo, três
pessoas, mas uma essência, uma substância ou natureza absolutamente simples”.
-
eterno -
não é nascido - inacessível
Pai-Deus - sem princípio -
educador
- onipotente –
onipresente – onisciente
Jesus (filho) - filho / gerado (mesma substância)
- palavra / sabedoria
Espírito Santo – Sopro-amor
A – “Filho e Espírito Santo
são as duas mãos do Pai que nos tocam e nos moldam a sua imagem e semelhança”
(S. Irineu).
A santíssima Trindade é modelo para
a comunidade humana pois encontra-se entranhada na experiência da vida
proclamada por Jesus de Nazaré. Constitui-se na união de três pessoas distintas
(substância e essência) cuja relação é eterna, inconfundível, intocável,
infinita, primando pela unidade, pela harmonia que gera a comum-união da mútua
interpenetração. Constituem-se de três individualidades concretas e objetivos.
B – Vislumbra-se em cada
pessoa da trindade Santa o amor por excelência que as identifica eterna e
reciprocamente através do diálogo, da abertura e da doação, rejeitando a imagem
de um Deus isolado, egoísta, e só. A Trindade é a realidade criativa primeira,
constitutiva, que permeia nossa vocação celestial no Pai vê-se a referência última
da transcedência, no Filho, pela encarnação, vê-se a plena revelação do
mistério salvífico e no Espírito Santo contempla-se a transparência de unidade
transcendente e imanente.
C – Pai – origem e fim de
toda libertação.
“Deus Pai, a primeira pessoa da Santíssima
Trindade, criador onipotente do céu e da terra, princípio sem princípio, fonte
e origem da vida trinitária. Ele é o Pai do Filho Unigênito. É também princípio
ativo espirador do Espírito Santo”.
D – Filho (Jesus) – mediador
da libertação integral.
“Filho, segunda pessoa da Santíssima
Trindade, eternamente gerado pelo Pai, não sendo por isso criatura. Por
comunicação recebe do Pai a natureza divina, a essência e a substância, não por
ato de vontade ou coação extrínseca. Sendo consubstancial ao Pai é dele Verbo,
imagem e sacramento tanto na esfera intra-trinitória quanto em sua missão
encarnatória”.
E – Espírito Santo – força
para libertação integral
“Espírito Santo, terceira pessoa da
Santíssima Trindade, procede como de um só princípio do Pai e do Filho, sendo
consubstancial a eles, igualmente adorado e glorificado. A processão do
Espírito Santo a partir do Pai e do Filho não deve ser chamada de geração, mas
de expiração, expressão do mútuo amor do Pai e do Filho”.
Mistério maior do que nossa
compreensão
O mistério da Santíssima Trindade é
o mistério central da fé e da vida cristã. É o mistério de Deus em si mesmo. É,
portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé, é a luz que os ilumina. É
o ensinamento mais fundamental e essencial na “hierarquia das verdades de fé”.
O Pai que gera o Filho com a
participação do Espírito Santo e espira o Espírito Santo com a participação do
Filho.
Na ordem imanente (permanente)
diz-se que é próprio do Pai e inascebelidade e a paternidade; do filho ser gerado;
do Espírito a ser espirado do Pai e do Filho. Na ordem da História da salvação
a fé crê e professa que o Pai é a origem da história da salvação e das missões
do Filho e do Espírito Santo. É próprio do Filho a encarnação e do Espírito
Santo a missão de santificação e de produção da humanidade de Jesus no seio da
Virgem Maria. Se o único Deus verdadeiro é a Trindade de pessoas, então, toda
revelação histórica de Deus implica uma revelação da trindade.
O mistério da Santíssima Trindade
não tem explicação clara nas escrituras foi criada através dos tempos pela
igreja inspirada por Deus.
- “Meu filho, você nunca vai
conseguir por toda água do mar, neste buraco que você fez!”
Para seu espanto a criança respondeu:
- “É mais fácil eu por toda água do
mar nesse buraco, que você entender o mistério da Santíssima Trindade!”
O estudioso ficou espantado com a
resposta, mas feliz porque viu que aquela criança era um anjo do Senhor que lhe
dava a resposta que ele tanto buscava.
A Trindade é una. Não professamos
três deuses, mas um só Deus em três pessoas: “a Trindade consubstancial”. As
pessoas divinas não dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é
Deus por inteiro: “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai.
O Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por
natureza”.
Cada uma das três pessoas é esta
realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina”.
São distintos entre si por suas
relações de origem: “É o Pai que gera o Filho que é gerado, o Espírito Santo
que procede. A unidade divina é trina.
O Pai, o Filho e o Espírito Santo
não são três princípios das criaturas, mas um só princípio. Contudo cada pessoa
divina cumpre a obra comum segundo sua propriedade pessoal.
Inseparáveis naquilo que são, da
mesma forma o são naquilo que fazem. Mas na única operação divina cada uma
delas manifesta o que lhe é próprio na Trindade, sobretudo nas missões divinas
da Encarnação do Filho e do Espírito Santo.
Fonte:
Catecismo da Igreja Católica
Nºs 202, 234, 237, 253, 254, 258 e
267.
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